Do
pó e da costela
Um
espírito solitário,
No
meio do nada,
Pairava
sobre as águas
Da
terra desencantada.
Sem
forma, sem cores,
Vazia.
E
no primeiro haja,
Uma
claridade luzia.
Via
bonança no que fazia
E,
os verbos da criação,
Seguiram-se,
Por
mais cinco dias.
No
Éden,
Juntou
costela ao pó,
Tirando
da espécie
O
terror de viver só.
Da
árvore do nosso pacto,
Fruto
não comerá somente
-
dizia o arquiteto
No
jardim oriente-.
Da
queda
Resultou
dualidade.
O
bem e o mal
Roubava-nos
eternidade.
A
desobediência do gênero:
Sujeitos
da criação
Modificando
linhas
No
projeto retidão.
Pela
vingança ficara a terra
Sobre
a face das águas
A
arca movia.
Sávio Oliveira Lopes
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