Cinderela
Ela
disfarçava,
Balbuciando
palavras,
O
que eu não conseguia evitar
Na
fulgura do olhar.
Publiquei
no rosto o que queria,
Mas
inerte me mantinha;
Oh,
o tempo é um vapor!
Ela sorriu,
Por
uns segundos me olhou nos olhos,
E
me beijou.
O
êxtase pela minha sorte
Foi
enorme!
Não
o sentiram os turcos
Na
queda de Constantinopla;
Nem
Colombo,
Em
seu momento de glória.
A
emoção que nos leva às nuvens,
Soltou-me
sem paraquedas:
Dissera
o meu amor
Não
querer aliança, casamento ou qualquer amarra a ela.
Oh,
não sentiu tamanha tristeza Napoleão perdendo a guerra!
Nem
Luther King ao ver seu sangue verter a terra!
Com
lágrimas,
Minha
velha sina se encerra,
E,
meu ciclo de felicidades curtas
E
prazeres fragmentados se completa,
Vendo
despedir-se, cabelo ao vento,
Minha
cinderela.
Sávio Oliveira Lopes
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