domingo, 10 de janeiro de 2016

SONÂNCIA



No desabrigo sob cordas,
Deslizes a compor o som:
Espelho por onde vão os dedos
E a calma,
Lançando flores
Em paisagens imaginárias.

Crinas friccionando aço;
Levantar de resina,
Que no vai e vem de braço,
Faz arder a pele em sol já posto,
Desaguando irmãs cachoeiras.

Anatomia de madeiras
Unidas à acústica homogênea
De quatro temperamentos:
Doçura, profundidade,
Ressonância e imponência.

No interior,
Esconde-se o ar do corpo,
A barra e a alma...


Sávio Oliveira Lopes

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