domingo, 10 de janeiro de 2016

EU BAGUNÇADO






Tenho manias de sorrir
Nas horas sérias
E ficar triste em festas.

Incomoda-me a minha cólera
Nem sempre necessária
Ao que me desagrada...
Contra isso, tento carregar
Tranquilidade postiça.

Ainda não sei quem sou,
Mas sei que o que sou
Não é bem
O que eu queria ser.

Dois amores que não mais tenho
Também põem dor na vida que levo,
E meu coração procura a sombra
Como ave perdida e cansada.

Ser mortal
É das verdades que sei a mais triste,
E só a esqueço para ser feliz às vezes.

O contra-ataque que encontrei à morte
Há de ser minha realização consumada
De sair da vida deixando a alma nos livros.

Sávio Oliveira Lopes 

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